Enquanto Parnaíba celebrava suas festividades de aniversário, o superintendente de esportes, Douglas Azevedo, optou por outro destino: o Rio de Janeiro. A viagem, feita em dias de expediente, deixou a cidade sem a presença do gestor que deveria estar à frente das ações esportivas do município em um dos períodos mais movimentados do ano.

A ausência de Douglas chamou atenção porque ele se afastou do posto por vários dias, sem sofrer qualquer desconto salarial, mesmo não havendo clareza sobre o uso de diárias ou recursos públicos. Na prática, o superintendente não trabalhou durante o período, mas receberá integralmente o salário pago pelo contribuinte.

Quem acabou arcando com o peso das responsabilidades foi o já fragilizado secretário de esportes, que ficou sozinho à frente das atividades da pasta. Para muitos, a atitude de Douglas expõe não só descaso com a função, mas também a fragilidade da gestão municipal, que não cobra responsabilidade de seus indicados.

Azevedo, nome de confiança do atual prefeito, é visto nos bastidores como “o menino dos olhos de ouro” da gestão. Antes da ruptura política com o grupo Mão Santa, ficou conhecido por ser o famoso “leva e traz”, circulando informações de um lado a outro conforme os ventos políticos. Agora, protagoniza mais um episódio que coloca a administração Francisco Emanuel em novo escândalo de moralidade.

A população se pergunta: enquanto faltam investimentos reais no esporte e nos jovens atletas de Parnaíba, o que justifica viagens pessoais em meio a um calendário oficial tão importante? O episódio reforça a sensação de que a prioridade da gestão não é o esporte, nem o povo, mas sim os interesses pessoais e políticos de seus apadrinhados.